Pergunto-te onde se acha a minha vida
Em que dia fui eu.
Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto?
Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias?
E de cada pergunta minha
vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Cecilia Meireles
Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto?
Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias?
E de cada pergunta minha
vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.
Cecilia Meireles
Ah, Cecília Meireles! A poesia de Cecília é fascinante.
ResponderEliminarUm feliz final de semana pra você.
Bjs :)
Nádia, também gosto muito de Cecília Meireles Gosto também muito de Fernando Pessoa, Florbela Espanca, entre muitos outros.
ResponderEliminarBom fim de semana pra você também.
Bjs